Este trabalho aborda características especificas do mundo contemporâneo.  Baseado nos estudos do capítulo 2 do livro a Mídia e a Modernidade: Uma teoria social da mídia, do professor J. THOMPOSON, fará uma reflexão entre as principais transformações que ocorreram desde a Europa Medieval, com o advento da imprensa, o surgimento dos jornais e publicações  e a consequente revolução de informes publicitários que essas novas plataformas permitiam. O desenvolvimento da indústria da mídia se dá através do interesse comercial de grande escala, a globalização da comunicação, o desenvolvimento das formas de comunicação eletronicamente mediadas.


Palavras-chave: Poder. Simbólico. Internet. Democracia. Comunicação

INTRODUÇÃO

Do momento em que os jornais eram os fomentadores da opinião pública, com posições contra-hegemônicas à soberania, até sua rendição para a publicidade e construção de matérias como produtos ideológicos de grupos e organizações comerciais que patrocinam esses veículos, ao surgimento e popularização de aparatos tecnológicos como o rádio, a televisão e o telefone, a sociedade capital se estruturou a ponta de construir uma cultura global. Em que valores se universalizaram pela mediação vertical de conteúdos simbólicos construídos e disseminados através desses meios. Da mesma forma a publicidade se adaptou aos novos veículos e desde então, os patrocinadores e investidores detêm a informação e controlam as pautas compartilhadas pelos veículos. O surgimento da internet e o crescente número de indivíduos que acessam esse meio, constrói um espaço democrático em que os próprios usuários passam a ser agentes construtores e receptores da informação, perdendo suas identidades privadas, interagindo com pessoas de qualquer parte do globo. 

  1. NOVAS TECNOLOGIAS NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Segundo o artigo Mídia: o papel novas tecnologias na sociedade do conhecimento que expõe as ideias de Castells no livro A sociedade de rede (2003) a revolução tecnológica que  vem acontecendo nos últimos tempos e vem sendo chamada de sociedade da informação, posteriormente de sociedade do conhecimento e atualmente de sociedade de aprendizagem são o novo paradigma tecnológico que se organiza em torno da tecnologia da informação. Neta nova era a fonte da produtividade  está centrada na tecnologia de geração de conhecimentos.

A partir do século XX as novas tecnologias proporcionaram uma revolução. Como esse avanço, o conhecimento que é produzido pela sociedade pode ser considerado um “bem comum” onde cada indivíduo pode ter acesso à informação. Certamente a internet é sem dúvidas a mais revolucionária das tecnologias, pois traz consigo a capacidade de organizar, transformar, e processar informações, em velocidade e capacidade maiores a cada dia com custos financeiros mais reduzidos.

Para compararmos como o rádio levou cerca de 30 anos para abranger sessenta milhões de pessoas nos EUA; enquanto a televisão conseguiu isso em 15 anos, a internet que levou apenas 3 anos para atingir um padrão mundial. 

  1. MOVIMENTOS SOCIAIS NA INTERNET

A internet se tornou o veículo perfeito para as reinvindicações globais e a união de pessoas de diferentes nações em prol da consciência planetária. Exaustivamente a teoria do Big Brother  que por décadas  dominou a teoria crítica no campo da comunicação, a supremacia de governos e privilégios de corporações empresariais ou militares entra em cheque com as inquietações sociais e contra argumentações à lógica dominante que se instauram e veiculam na rede. 

O ambiente tendencialmente interativo, cooperativo e global da intenet, introduz um componente criativo nas lutas sociais […] ONGs, associações profissionais, sindicatos e núcleos ativstas […] descobrem no ciberespaço possibilidades de difundir suas reinvindicações […] sobrepujando os filtros ideológicos e editoriais da grande mídias. […] permitindo que forças contra-hegemônicas se expressem com desenvoltura, enquanto atores empenhados em alcanças a justiça social (MORAES, 2001, p. 125).

Para Moraes (2001, p 126) Organizações como o MST, GREENPEACE, SOS Mata Atlântica e OAB, são alguns dos organismos da sociedade civil que decidiram apostar na web. O eixo consensual é o fortalecimento da sociedade civil no processo de universalização de valores e direitos democráticos.

Já não são necessários espaços físicos específicos para promover ações em prol da cidadania. As Aspirações concretas ou simbólicas são manifestadas objetivando o desfecho de batalhas contra a exclusão de grandes contingentes populacionais dos benefícios do progresso; pela reapropriação social da riqueza produzida pelo trabalho coletivo; por políticas públicas que protejam o bem comum e garantam uma existência mais digna ao conjunto da sociedade (MORAES, 2001, p. 126).

Entidade de todos os continentes estão convencidas quem em um mundo interdependente, de economia globalizada, e instantaneidade de fluxos eletrônicos, os agentes sociais devem interconectar-se. A organização em rede, dentro e fora da internet, facilitam a intercomunicação de indivíduos e agrupamentos heterogêneos que compartilham visões de mundo, sentimentos e desejos. Servem de estuários para a defesa de identidades culturais, a promoção de valores éticos e a democratização da esfera pública. Ilse Scherer-Werren acentua que a rede se torna um conceito propositivo, a partir não mais da hierarquização do poder entre os participantes, e sim de relações mais horizontalizadas, abertas ao pluralismo político-cultural.  Jésus Martín Barbero acrecenta que as redes se distinguem como um “lugar de encontro” de múltiplas minorias e comunidades marginalizadas ou de coletividade  de pesquisa e trabalho educativo e artístico:  “Nas grandes cidades, o uso das redes eletrônicas está permitindo construir grupos que, virtuais em seu nascimento, acabam se territorializando, passando da conexão ao encontro, e do encontro a ação” (MORAES, 2001, p. 127).

CONCLUSÃO

Com o advento das novas TICs, ou tecnologias interativas de mídia, a participação dos consumidores se torna dinamizada, uma vez que a grande mídia fomenta feedbacks, pesquisas qualificadas, e enquetes, par criar novas formas de relacionamento com os telespectadores. Podemos ressaltar como a principal alternância entre a era da televisão e da internet a individualização do ato de ver TV e consumir conteúdos simbólicos. É preciso atentar que estudos apontam para a preocupação com o isolamento social físico que smartphones, computadores e telas criam dentro de esferas de públicos homogêneos.

Referências bibliográficas

MORAES, Dênis de. O concreto e o virtual: mídia, cultura e tecnologia. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

SCHIAVONI, Jaqueline E. Mídia: o papel das novas tecnologias na sociedade do conhecimento. Bauru, SP: Faculdade Unesp, 2007. Disponível em: <http://www4.faac.unesp.br/ publicacoes/anais-comunicacao/textos/01.pdf>. Acesso em 10 maio 2015.

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